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Mudanças no PIS/Pasep 2025: como ajustar sua folha de pagamento às novas regras do eSocial

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A partir de janeiro de 2025, o PIS/Pasep sobre a folha de pagamento terá um novo indicador no eSocial. Veja como adaptar seu sistema, evitar erros e garantir conformidade na DCTFWeb.

Atenção, profissionais de Departamento Pessoal! A partir de janeiro de 2025, o cálculo do PIS/Pasep sobre a folha de pagamento sofrerá mudanças no eSocial. Um novo indicador no evento S-1010 será obrigatório, e a adaptação do seu sistema de folha de pagamento é essencial para evitar erros e inconsistências na DCTFWeb.

Neste artigo, explicamos o que muda, como ajustar sua folha de pagamento e quais cuidados tomar para garantir conformidade com as novas regras.

Novas regras do eSocial para o PIS/Pasep: o que muda em 2025?

A partir da competência janeiro/2025, o eSocial passa a exigir um novo indicador de incidência do PIS/Pasep sobre a folha de pagamento no evento S-1010 (Tabela de Rubricas).

O que muda na prática?

Importante: O DP precisa verificar se as rubricas da folha de pagamento estão configuradas corretamente para evitar recolhimentos indevidos ou falta de pagamento do tributo.

Como o PIS/Pasep será calculado na folha de pagamento?

Com a atualização para a versão 1.3 do eSocial, a forma de cálculo do PIS/Pasep sofrerá mudanças importantes.

Novo código de incidência do PIS/Pasep (codIncPisPasep):

O campo {codIncPisPasep} deve ser preenchido com um dos seguintes códigos:

Código Descrição
00 Não é base de cálculo do PIS/Pasep
11 Base de cálculo do PIS/Pasep mensal
12 Base de cálculo do PIS/Pasep 13º salário
91 Incidência suspensa por decisão judicial – PIS/Pasep mensal
92 Incidência suspensa por decisão judicial – PIS/Pasep 13º salário

Atenção! Se sua empresa tem uma decisão judicial suspendendo a incidência do tributo, o campo deve ser preenchido com os códigos 91 ou 92, desde que haja um processo cadastrado no evento S-1070.

Período de transição entre versões: quais cuidados tomar?

Entre 02/12/2024 e 02/02/2025, o eSocial permitirá a convivência entre as versões S-1.2 e S-1.3. No entanto, alguns envios precisarão ser feitos exclusivamente na nova versão.

Eventos que obrigatoriamente devem ser enviados na versão S-1.3:

Cuidado com envios mistos! Se os eventos S-1200, S-2299 e S-2399 forem enviados em versões diferentes, os totalizadores podem apresentar valores incorretos.

O que fazer? Garanta que todos os eventos de remuneração e desligamento da competência 01/2025 sejam enviados na mesma versão do eSocial.

O que sua empresa precisa fazer para se adequar?

Se sua empresa ainda não ajustou a folha de pagamento, o momento de agir é agora. Aqui estão as principais ações que o DP deve tomar:

Verifique com a equipe de TI ou fornecedor do sistema de folha se a versão 1.3 do eSocial já está implementada.
Atualize as rubricas na Tabela S-1010, garantindo que o campo {codIncPisPasep} esteja correto.
Revise a parametrização dos eventos S-1200, S-2299 e S-2399 para que o PIS/Pasep seja calculado corretamente.
Caso tenha processos judiciais, cadastre-os corretamente no evento S-1070 e utilize os códigos de incidência 91 ou 92.

Dica extra: Converse com o contador ou consultor fiscal para garantir que todos os ajustes estejam alinhados com as obrigações acessórias da sua empresa.

Dicas para evitar erros e penalidades

Para garantir um processo tranquilo de adaptação às novas regras, siga estas boas práticas:

Evite atrasos: Os eventos devem ser enviados dentro do prazo para evitar inconsistências na DCTFWeb.
Revise a configuração da folha: Certifique-se de que todas as rubricas estão com a incidência correta do PIS/Pasep.
Teste antes do prazo final: Se possível, realize envios de teste dentro do período de convivência das versões.
Mantenha a equipe informada: Compartilhe as atualizações com os responsáveis pela folha de pagamento e departamento fiscal.

Por que o eSocial está mudando as regras do PIS/Pasep agora? Entenda a estratégia por trás da mudança

Você também tem a sensação de que o eSocial lança uma nova regra a cada piscada de olhos? Se a resposta for sim, saiba que você não está sozinho. Mas a mudança no PIS/Pasep, que entra em vigor em janeiro de 2025, não é apenas mais uma atualização aleatória; ela faz parte de um plano muito maior da Receita Federal, e entender essa estratégia coloca você à frente do jogo.

Até hoje, o cálculo do PIS sobre a folha pegava “carona” na base de cálculo do INSS, um método que funcionava como uma aproximação. Contudo, na era da fiscalização digital, “aproximado” não é mais suficiente. O governo quer os dados exatos, puros. A criação do campo {codIncPisPasep} força as empresas a declararem, rubrica por rubrica, o que compõe a base de cálculo real do PIS. Para a Receita Federal, isso significa o fim das inconsistências e uma capacidade gigantesca de cruzar informações automaticamente com outras obrigações, como a ECF (Escrituração Contábil Fiscal).

Essa mudança, portanto, não é um evento isolado. Ela é mais uma peça no quebra-cabeça da transformação digital do Fisco, que busca, segundo o portal oficial do eSocial, simplificar e unificar o envio de obrigações. A verdade é que o sistema está ficando mais inteligente para identificar erros e sonegação em tempo real. Para o profissional de DP, a mensagem é clara: a precisão deixou de ser uma meta e passou a ser a única opção.

PIS sobre a folha: sua empresa realmente precisa se preocupar com essa mudança?

Antes de mergulhar em manuais técnicos e gastar horas ajustando parâmetros no seu sistema, respire fundo e responda a uma pergunta crucial: sua empresa realmente paga PIS sobre a folha de pagamento? A resposta pode poupar um tempo precioso, pois essa obrigação não se aplica à maioria das empresas brasileiras, como as tributadas pelo Lucro Real ou Presumido, que recolhem o tributo sobre o faturamento.

Essa nova regra do eSocial é um chamado direto para um grupo específico de entidades. Se o seu negócio se encaixa em alguma das categorias abaixo, este artigo é diretamente para você. A obrigação de recolher o PIS/Pasep à alíquota de 1% sobre a folha de pagamento é definida principalmente pelo Art. 13 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001.

Veja a lista de quem precisa agir agora:

Se sua empresa não está nesta lista, pode ficar mais tranquilo, mas continue acompanhando as novidades do eSocial. Se ela está, a atenção aos próximos passos é fundamental para garantir a conformidade e evitar problemas com o Fisco.

O custo do erro: qual o impacto financeiro de uma falha no cálculo do PIS/Pasep?

Um único código errado no eSocial pode parecer um detalhe inofensivo, mas para a Receita Federal é um convite para uma conta que sua empresa definitivamente não vai querer pagar. A romantização do “errar é humano” não se aplica à fiscalização tributária, e o prejuízo de uma falha no cálculo do PIS/Pasep pode ser devastador para o fluxo de caixa.

Vamos falar de números reais. Se uma auditoria fiscal constatar o recolhimento a menor do tributo, a empresa será autuada com uma multa de ofício, que, de acordo com a legislação tributária, é de no mínimo 75% sobre o valor do imposto devido. Em casos onde a fiscalização interpreta que houve fraude ou sonegação, esse percentual pode dobrar, chegando a 150%. Além da multa, o valor principal será corrigido por juros calculados com base na taxa Selic, acumulada mensalmente desde a data do vencimento original até o pagamento.

E se você pagou a mais? O prejuízo também existe. O dinheiro pago indevidamente fica retido pelo governo, e para reavê-lo é preciso iniciar um complexo processo de restituição via PER/DCOMP. Isso significa imobilizar o capital de giro da empresa e enfrentar uma longa batalha burocrática. Portanto, o ajuste correto das rubricas não é apenas uma obrigação acessória; é um ato de gestão de risco financeiro para proteger a saúde da sua organização.

Auditoria de rubricas na prática: um checklist de 3 passos para garantir a conformidade

A instrução genérica “revise suas rubricas” soa vaga e pode parecer uma tarefa interminável, não é mesmo? A verdade é que, sem um método, você pode passar horas olhando para telas e ainda deixar algo escapar. Vamos transformar essa tarefa gigante em um plano de ação simples, rápido e seguro.

Este checklist prático vai guiar sua análise e garantir que nenhuma verba fique sem a devida classificação.

Ao seguir estes três passos, a revisão de rubricas deixa de ser um monstro de sete cabeças e se torna um processo controlado e seguro.

A transição para as novas regras do PIS/Pasep no eSocial exige atenção e ajustes rápidos do Departamento Pessoal. O impacto direto será no cálculo da folha de pagamento e na geração da DCTFWeb, então é fundamental garantir que o sistema esteja atualizado e os eventos preenchidos corretamente.

Se sua empresa ainda não fez as adequações necessárias, o momento de agir é agora. Entre em contato com seu fornecedor de software de folha de pagamento e sua consultoria fiscal para garantir a transição sem erros.

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