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Por que a Geração Z desafia o RH? Entenda como ajustar seus processos

Por que a Geração Z desafia o RH Entenda como ajustar seus processos

Flexibilidade, tecnologia e novos comportamentos: o que a nova geração espera das empresas.

Eles chegam ao mercado com habilidades tecnológicas de ponta, mas também carregam comportamentos que intrigam recrutadores. A Geração Z, conhecida por ser digitalmente ágil, desafia os métodos tradicionais de seleção de talentos e exige que empresas ajustem seus processos para conquistá-los.

De acordo com Igor Chohfi, cofundador da Rede Pavim e especialista no recrutamento de jovens, um padrão recorrente tem se destacado: a falta de preparo durante as entrevistas de emprego. “Já vi jovens participando de entrevistas sem camisa. Não é algo comum, mas acontece. Alguns começam a andar pela casa enquanto conversam, como se estivessem falando com um amigo”, relata Chohfi.

O que está por trás desse comportamento?

Embora esses episódios chamem atenção, Chohfi destaca que nem todos os jovens da Geração Z compartilham dessas atitudes. Muitos buscam por estabilidade e aprendizado, especialmente em empresas multinacionais que oferecem planos de carreira e mentoria. Porém, a falta de experiência e de orientação prévia é um desafio que se repete.

Além disso, a ansiedade também é um fator presente nessa geração, o que pode impactar o desempenho em processos de seleção tradicionais. “Eles querem respostas rápidas. Não adianta realizar processos longos, com muitas etapas. Isso só aumenta a sensação de desconexão e desmotiva o candidato”, explica o especialista.

O que as empresas podem fazer?

Para atrair e reter talentos da Geração Z, Chohfi recomenda processos seletivos enxutos e objetivos. Ele sugere:

Empresas que oferecem flexibilidade também têm vantagem. Modelos híbridos ou ajustáveis ao perfil do colaborador são altamente valorizados. Um exemplo citado por Chohfi foi de um jovem que pediu para começar a trabalhar mais tarde para manter seu horário de treino físico. A empresa aceitou, e a produtividade do colaborador foi mantida.

Startups versus multinacionais

Enquanto startups conquistam a Geração Z pela flexibilidade, multinacionais atraem jovens mais maduros e focados em carreiras de longo prazo. Nessas organizações, eles veem oportunidade de aprendizado contínuo, o que ainda é uma prioridade para grande parte dos jovens.

Aprendizado na era digital

A Geração Z também está reformulando o modo como se desenvolve. Segundo Chohfi, esses jovens são multimodais no aprendizado: recorrem a cursos online, tutoriais no YouTube e até workshops de empresas inovadoras. Embora ainda valorizem MBAs e estudos no exterior, preferem caminhos que ofereçam resultados rápidos e práticos.

O papel do líder no sucesso dos jovens

Para integrar melhor a Geração Z, líderes precisam investir em conexão e inspiração. Chohfi recomenda:

  1. Contextualizar o trabalho: Entenda as necessidades do jovem e como ele pode contribuir.
  2. Compartilhar histórias pessoais: Mostre sua trajetória e inspire pelo exemplo.
  3. Acreditar no potencial dos jovens: Reforce suas qualidades e ajude a superar desafios.

Com essas abordagens, o RH pode não apenas atrair a Geração Z, mas também criar um ambiente onde esses talentos prosperem. Afinal, compreender essa geração é essencial para moldar o futuro do trabalho.

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