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Fechamento da folha de pagamento: o que é, regras e como fazer

Fechamento da folha de pagamento

Erros no fechamento da folha de pagamento podem sair caros, tanto para a empresa quanto para o clima organizacional. Imagine atrasar o salário e encarar reclamações de funcionários ou até multas fiscais — é uma bomba-relógio. Este processo é essencial para garantir que cada colaborador receba corretamente seus salários e benefícios, dentro dos prazos estabelecidos por lei.

Neste artigo, explicamos cada detalhe desse procedimento. Falaremos das etapas principais, sistemas que podem simplificar o processo e os cuidados para evitar erros. Assim, sua empresa pode cumprir todas as obrigações legais e, ao mesmo tempo, otimizar o desempenho do RH.

O que é o fechamento da folha de pagamento?

O fechamento da folha de pagamento é o processo que envolve o cálculo dos proventos (salários, horas extras, comissões) e descontos (INSS, FGTS, IRRF) para cada funcionário. Ele é um momento crítico porque afeta diretamente a pontualidade e precisão dos pagamentos e precisa ser feito até o quinto dia útil do mês seguinte ao período trabalhado.

Além do pagamento, esse processo é essencial para manter a empresa em conformidade com o eSocial, um sistema que centraliza todas as informações trabalhistas e fiscais. Dessa forma, o RH garante que as obrigações legais estão sendo cumpridas, evitando multas e outros problemas fiscais.

Passo a passo para o fechamento eficaz da folha de pagamento

1. Coletar dados ao longo do mês

Um dos segredos para evitar erros é fazer um acompanhamento contínuo. Registre as horas trabalhadas, faltas, horas extras e afastamentos de cada colaborador à medida que ocorrem. Manter o ponto atualizado — seja manualmente ou via sistemas automatizados — evita que erros se acumulem para a última hora.

Ao registrar essas informações com precisão, a empresa consegue organizar o pagamento corretamente e evita conflitos com colaboradores.

2. Conferir proventos e descontos

Depois de reunir os dados, é hora de calcular os proventos e descontos. Os principais proventos incluem o salário-base, adicional noturno, horas extras e comissões. Já os descontos obrigatórios podem incluir:

Esse cruzamento é essencial para garantir que o salário bruto e líquido estejam corretos. O salário bruto é o valor total sem deduções, enquanto o salário líquido é o valor que o funcionário efetivamente recebe. A diferença reflete as deduções legais e contratuais.

3. Separar o salário bruto e o líquido

Separar os valores bruto e líquido exige atenção às alíquotas do INSS e IRRF, que variam conforme a faixa salarial e o regime de contratação. O cálculo precisa ser feito com precisão, pois erros podem gerar multas e comprometer a confiança da equipe.

Exemplo:
Um funcionário com salário bruto de R$ 4.000, sujeito a um desconto de 11% de INSS e 7,5% de IRRF, levará para casa cerca de R$ 3.400 após as deduções.

4. Integrar dados no eSocial

Com todas as informações revisadas, é necessário enviar os dados ao eSocial. Esse sistema centraliza as obrigações fiscais e trabalhistas, facilitando a fiscalização e evitando multas por descumprimento de prazos.

O eSocial também é útil para unificar as informações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, garantindo que a empresa esteja em conformidade com a legislação.

Ferramentas e sistemas que facilitam o fechamento

Planilhas e sistemas online

O uso de planilhas como Excel ou Google Sheets é comum, especialmente em pequenas empresas. Elas oferecem uma certa flexibilidade, mas exigem que o RH seja muito cuidadoso para evitar erros de digitação e fórmulas incorretas.

Digitalização com softwares especializados

Os sistemas digitais de folha de pagamento automatizam grande parte do processo. Eles integram dados de ponto eletrônico, cálculos de impostos e validação do eSocial.

Vantagens da automação:

Esses sistemas se tornam ainda mais relevantes em empresas com muitos funcionários ou alta rotatividade.

Erros comuns no fechamento da folha

Mesmo com processos organizados, alguns erros são recorrentes e podem causar prejuízos financeiros e operacionais. Veja os mais comuns e como evitá-los:

Exemplo de fluxo mensal para o fechamento

Para facilitar, aqui está um exemplo de como organizar o fechamento da folha:

  1. Até o dia 20: Conferência das horas trabalhadas, afastamentos e eventos extras.
  2. Dia 25: Revisão final de proventos e descontos.
  3. Último dia do mês: Fechamento oficial e envio ao eSocial.
  4. Quinto dia útil do mês seguinte: Pagamento dos salários.

Esse cronograma garante que todos os dados estejam atualizados e prontos para o envio, minimizando riscos de erros.

O fechamento da folha de pagamento é um processo essencial, mas não precisa ser complicado. Com boas práticas e automação, o RH pode garantir que todos os colaboradores recebam corretamente e dentro do prazo. Isso fortalece a confiança da equipe e evita problemas legais e financeiros.

Ter um processo claro e organizado é a chave para manter a empresa em conformidade com a legislação e o eSocial. Se sua empresa ainda não usa sistemas automatizados, talvez seja hora de repensar a estratégia e explorar as opções disponíveis.

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