Brasil registra os maiores índices de transtornos de ansiedade no mundo, aponta OMS.
O Brasil é campeão mundial em casos de transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o estresse no trabalho atingindo níveis alarmantes. Além de prejudicar a saúde mental dos trabalhadores, o problema gera prejuízos bilionários para as empresas e a economia global.
Brasil registra os maiores índices de transtornos de ansiedade no mundo, aponta OMS
De acordo com a OMS, o Brasil ocupa o topo do ranking mundial em transtornos de ansiedade, afetando milhões de trabalhadores. Globalmente, estima-se que 1 trilhão de dólares é perdido anualmente em produtividade devido a problemas relacionados ao estresse e à ansiedade. Para as empresas, isso significa custos elevados com absenteísmo, queda de desempenho e até doenças ocupacionais.
Como o estresse prolongado afeta atenção, memória e desempenho no trabalho
A ciência explica os impactos profundos do estresse crônico no corpo humano. Quando submetidos a pressões constantes, como metas excessivas ou ambientes tóxicos, o sistema nervoso libera hormônios como o cortisol. Embora essa resposta seja útil em situações de curto prazo, sua manutenção contínua pode comprometer funções essenciais, como atenção e memória.
Esse processo desencadeia o chamado burnout, uma condição que combina esgotamento emocional, falta de energia e baixa produtividade. No longo prazo, a saúde dos trabalhadores e a eficiência das empresas ficam em xeque.
Investir em bem-estar corporativo: a chave para reduzir prejuízos bilionários
Estudos mostram que empresas que adotam estratégias práticas para gerenciar o estresse no ambiente de trabalho colhem benefícios significativos. Treinamentos para líderes, redefinição de metas e promoção de um clima colaborativo são algumas medidas eficazes. Essas práticas resultam em menor turnover, maior satisfação entre os colaboradores e aumento expressivo da produtividade.
Ignorar o problema, por outro lado, é caro. Altos índices de absenteísmo e presenteísmo comprometem resultados financeiros e afetam a imagem da empresa. Especialistas defendem que bem-estar corporativo não é apenas uma questão ética, mas também um investimento estratégico.
Pandemia acendeu o debate, mas práticas ainda deixam a desejar
A pandemia de Covid-19 trouxe um novo olhar para a saúde mental no trabalho, tornando-a uma prioridade nas empresas. No entanto, uma pesquisa recente realizada pela Alice revelou lacunas significativas nas práticas corporativas. Apesar de avanços no discurso sobre bem-estar, muitas organizações ainda não transformaram as palavras em ações concretas.
Para que o Brasil deixe de liderar o ranking de estresse no trabalho, é fundamental que empresas assumam a responsabilidade de criar ambientes mais saudáveis e equilibrados. A solução, segundo especialistas, passa por investimentos em prevenção, educação e suporte contínuo aos colaboradores.