Você está cometendo um erro grave no seu RH e talvez nem saiba disso. A maioria das empresas ainda trata a contratação de PCD como uma mera obrigação legal, quando, na verdade, essa é uma oportunidade estratégica de ouro.
A contratação de pessoas com deficiência (PCD) não é apenas sobre cumprir a cota da Lei nº 8.213/91. É sobre transformar o RH, humanizar os processos, melhorar o clima organizacional e até impulsionar os resultados da empresa. Neste guia completo, você vai aprender como contratar PCD com eficiência, empatia e segurança jurídica, evitando os erros mais comuns e colocando sua empresa na frente. Se você quer ser reconhecido como um RH moderno, inovador e inclusivo, continue lendo.
O que significa contratar PCD e por que isso vai além de cumprir a cota
Você sabia que contratar PCD não é apenas uma exigência legal, mas também uma oportunidade poderosa de transformar a cultura da sua empresa? Ignorar isso pode custar caro — não só em multas, mas na imagem da sua marca como empregadora.
Ao falar em PCD (Pessoa com Deficiência), estamos nos referindo a profissionais com impedimentos de longo prazo — sejam físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais — que, ao interagirem com barreiras, podem ter sua participação plena na sociedade limitada. Mas o grande ponto aqui é: isso não significa incapacidade de trabalhar, inovar ou liderar.
Infelizmente, muitos departamentos de RH ainda caem na armadilha de tratar a contratação de PCDs como uma “obrigação chata”. Um processo feito no automático, com o único objetivo de “cumprir a cota” da Lei nº 8.213/91. Isso gera processos superficiais, ambientes despreparados e, pior, experiências negativas para todos.
Por outro lado, empresas que adotam uma abordagem inclusiva de verdade colhem resultados sólidos: maior engajamento, inovação, diversidade de ideias e uma reputação socialmente responsável.
Contratar PCD com qualidade é um diferencial competitivo. É sobre enxergar talentos além da deficiência e construir uma equipe mais forte, humana e eficiente.
O que diz a lei: entenda as obrigações legais e como se adequar
Antes de contratar PCD, é fundamental conhecer a legislação que rege o tema. A principal norma é a Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, que estabelece que empresas com 100 ou mais funcionários devem reservar entre 2% e 5% de suas vagas para pessoas com deficiência ou reabilitadas pelo INSS.
Veja como funciona a obrigatoriedade conforme o porte da empresa:
100 a 200 funcionários → 2%
201 a 500 funcionários → 3%
501 a 1.000 funcionários → 4%
Acima de 1.000 funcionários → 5%
Além disso, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI – Lei nº 13.146/2015) reforça o direito à acessibilidade e igualdade de oportunidades, exigindo que os processos seletivos não apresentem barreiras físicas, comunicacionais ou atitudinais.
Empresas que não cumprem a cota estão sujeitas a multas significativas, fiscalizações constantes do Ministério do Trabalho e danos à imagem pública.
Outro ponto importante: a comprovação de deficiência deve ser feita com laudo médico atualizado. E cuidado com exigências desnecessárias, como experiência anterior ou requisitos que não têm relação direta com o cargo. Isso pode ser interpretado como forma de exclusão indireta, o que fere o espírito da lei.
Contratar PCD começa com conhecer e respeitar a legislação, mas deve ir muito além dela.
Como preparar sua empresa para receber um profissional com deficiência
Não adianta querer contratar PCD se o ambiente da sua empresa não está pronto para recebê-lo. A inclusão começa antes da entrevista, com um preparo estrutural e cultural dentro da organização.
Aqui estão os principais pontos de atenção:
Acessibilidade física e tecnológica
Rampas de acesso, elevadores, banheiros adaptados
Sistemas compatíveis com leitores de tela ou teclados adaptados
Tecnologia assistiva
Softwares de acessibilidade
Aparelhos auditivos, lupas digitais, entre outros
Treinamento da equipe de RH e gestores
Sensibilização para que todos entendam como lidar com a diversidade
Criação de uma política clara de inclusão
Além disso, é importante designar um ponto focal de apoio dentro da empresa — alguém do RH ou um gestor que seja referência para dúvidas e suporte no dia a dia.
Empresas que investem nesse preparo não só melhoram a retenção dos profissionais com deficiência como também fortalecem sua marca empregadora e aumentam o engajamento de toda a equipe.
Recrutamento inclusivo: onde encontrar e como atrair candidatos PCD
Você posta vagas no LinkedIn e espera que os candidatos PCD apareçam? A realidade é que a divulgação comum não basta. Se você quer realmente contratar PCD, precisa ir além do óbvio.
Onde divulgar:
Sites especializados como pcd.com.br
Parcerias com ONGs e instituições de reabilitação
Feiras e eventos de empregabilidade inclusiva
Grupos de apoio em universidades e centros técnicos
Como divulgar:
Use linguagem inclusiva e acolhedora
Deixe claro que a empresa tem estrutura adaptada
Informe sobre adaptações possíveis no processo
Evite termos como “portador de deficiência” e prefira “pessoa com deficiência”. Isso mostra respeito e atualização.
Além disso, faça uma análise dos requisitos da vaga: será que todos são realmente necessários? Às vezes, barreiras estão escondidas em exigências que afastam bons profissionais.
Um anúncio bem escrito e publicado nos canais certos já coloca você à frente da maioria das empresas.
Processo seletivo humanizado: como avaliar com empatia e assertividade
O erro mais comum no processo seletivo de PCD é tratar todos os candidatos com o mesmo modelo de avaliação, ignorando que alguns ajustes são fundamentais para garantir igualdade de condições.
Adaptações necessárias:
Testes online compatíveis com leitores de tela
Provas em braile, em áudio ou com tempo estendido
Intérprete de Libras durante entrevistas presenciais
Entrevistas virtuais com foco na escuta ativa e empatia
Treinar a equipe de seleção para essas práticas é essencial. A entrevista não pode ser apenas sobre “testar capacidades”, mas sobre compreender o potencial e a adequação ao cargo.
Evite suposições ou estereótipos. Pergunte diretamente ao candidato quais adaptações ele precisa. Isso demonstra respeito e transparência.
Lembre-se: inclusão não é privilégio, é direito. E um processo justo é aquele que reconhece as diferenças e oferece condições equitativas para todos.
Checklist da contratação de PCD: o que não pode faltar
Se você quer garantir que está realmente preparado para contratar PCD de forma eficiente, siga este checklist prático:
📋 Antes da vaga:
Revisar a descrição do cargo
Adaptar linguagem do anúncio
Escolher canais acessíveis de divulgação
📋 Durante o processo:
Oferecer adaptações nas provas e entrevistas
Registrar tudo conforme a LGPD
Coletar laudos médicos atualizados
📋 Após a contratação:
Garantir acessibilidade física e tecnológica
Definir ponto focal de acompanhamento
Realizar onboarding adaptado e acolhedor
Esse fluxo pode ser automatizado com o apoio de tecnologia, o que nos leva ao próximo ponto…
Como o software da Empregare ajuda a contratar PCD com eficiência
Você não precisa fazer tudo isso manualmente. A Empregare oferece uma solução completa e inteligente para RHs que querem transformar seus processos, incluindo a contratação de PCDs.
Veja como o sistema da Empregare pode ajudar:
Centralização de documentos: receba laudos e registros de forma digital
Automatização de comunicação: notificações por e-mail e WhatsApp, inclusive com lembretes adaptados
Validação via OCR e eSocial: elimine erros e garanta conformidade legal
Admissão 100% digital: evite filas e papéis desnecessários
Segurança e LGPD: todos os dados são tratados com o máximo cuidado e proteção
Com a Empregare, você ganha tempo, reduz erros e oferece uma experiência mais digna e eficiente para o candidato PCD. Além disso, fortalece a imagem da empresa como inclusiva e moderna.
Inclusão de verdade começa no RH
Contratar PCD é uma decisão estratégica que vai muito além da obrigatoriedade legal. É uma escolha de cultura, responsabilidade e visão de futuro. RHs que lideram esse movimento são lembrados — e valorizados.
Agora você já tem um passo a passo completo para estruturar um processo seletivo inclusivo, empático e eficiente. Desde o entendimento da lei até a adaptação dos ambientes, da linguagem até a tecnologia.
Não espere o fiscal bater à sua porta ou um processo judicial acontecer. Comece hoje a construir um RH mais humano, inteligente e transformador.
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