CEOs revelam que a escassez de talentos ameaça o crescimento global.
A crise de qualificação profissional está prestes a atingir um nível crítico. Se hoje encontrar talentos já é um desafio, em 2025 esse problema pode se tornar o maior risco estratégico para as empresas. CEOs do mundo todo alertam: sem profissionais preparados, o crescimento dos negócios estará ameaçado.
CEOs revelam que a escassez de talentos ameaça o crescimento global
Segundo a 28ª edição da Global CEO Survey, da PwC, 23% dos líderes empresariais globais apontam a falta de profissionais qualificados como o principal entrave para seus negócios. No Brasil, esse número é ainda mais alarmante: 30% dos CEOs consideram a deficiência de talentos o maior risco estratégico.
O problema não é apenas local. O Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, do Fórum Econômico Mundial, indica que 92 milhões de empregos desaparecerão até 2030, enquanto 170 milhões de novas vagas serão criadas. O desafio? A maioria dessas novas funções exigirá habilidades que a força de trabalho atual ainda não possui.
Setores mais afetados pela escassez de talentos
As áreas que mais sofrem com a falta de profissionais qualificados incluem:
- Tecnologia da Informação (TI) – Segurança cibernética, inteligência artificial e análise de dados são competências cada vez mais requisitadas.
- Engenharia – Profissionais especializados em energias renováveis e infraestrutura tecnológica estão em falta.
- Saúde – O envelhecimento da população aumentará a demanda por médicos, enfermeiros e especialistas.
- Indústria 4.0 – Automação e manufatura inteligente exigem técnicos e engenheiros altamente qualificados.
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A revolução do trabalho: quais profissões vão desaparecer e quais vão surgir?
A transformação digital está mudando a forma como trabalhamos. Muitos empregos tradicionais correm risco de extinção, enquanto novas funções emergem.
Profissões que devem desaparecer até 2030:
- Operadores de telemarketing
- Caixas de supermercado
- Trabalhadores braçais em linhas de produção
- Digitadores e assistentes administrativos
Profissões do futuro que terão alta demanda:
- Especialistas em cibersegurança
- Analistas de inteligência de dados
- Profissionais de ESG (Environmental, Social and Governance)
- Especialistas em inteligência artificial
- Desenvolvedores de soluções para a transição energética
Segundo o Fórum Econômico Mundial, 40% das habilidades exigidas pelo mercado vão mudar nos próximos anos. Empresas e profissionais que não acompanharem essa transformação ficarão para trás.
A importância do equilíbrio entre habilidades humanas e tecnológicas
Mesmo com a ascensão da inteligência artificial e da automação, as competências humanas continuarão sendo um diferencial competitivo. A tecnologia pode otimizar processos, mas não substitui criatividade, empatia e pensamento crítico.
Entre as habilidades mais valorizadas para o futuro do trabalho, destacam-se:
- Pensamento analítico e inovação – Resolver problemas complexos será um diferencial.
- Liderança e influência social – Empresas buscam profissionais capazes de inspirar equipes.
- Aprendizado ativo e adaptação – A rapidez para absorver novas competências será essencial.
- Colaboração e inteligência emocional – O trabalho em equipe continua sendo um pilar do sucesso empresarial.
“O mercado valoriza cada vez mais competências como pensamento analítico, liderança e curiosidade. Investir apenas em tecnologia não é suficiente se não tivermos profissionais preparados para utilizá-la estrategicamente”, afirma Mariana Achutti, CEO da Newnew e especialista em educação corporativa.
Como o aprendizado contínuo pode evitar o colapso da sua empresa
Diante desse cenário, o investimento no desenvolvimento de talentos não pode ser uma iniciativa pontual, mas uma estratégia de longo prazo. Empresas que apostarem em reskilling (requalificação) e upskilling (aperfeiçoamento) terão mais chances de prosperar.
Ações que as empresas podem adotar para reduzir a escassez de talentos:
- Realizar auditorias de habilidades – Identificar lacunas e criar planos de capacitação.
- Implementar programas de treinamento interno – Desenvolver competências alinhadas às necessidades do negócio.
- Firmar parcerias com instituições de ensino – Criar cursos e especializações voltados para a empresa.
- Incorporar a cultura de aprendizado contínuo – Incentivar colaboradores a se capacitarem constantemente.
“As empresas precisam destinar orçamento e tempo para capacitação, pois a responsabilidade pela qualificação profissional não pode recair apenas sobre os indivíduos”, reforça Mariana.
Empresas que investirem em talentos sairão na frente
O futuro do trabalho não é uma questão de adaptação, mas de pioneirismo. Empresas que apostarem na formação contínua de seus colaboradores terão vantagem competitiva e estarão mais preparadas para os desafios do mercado.
A escassez de talentos pode ser um problema crescente, mas também representa uma grande oportunidade para quem souber agir rápido. Sua empresa já está preparada?