Treinamento interno como solução para a escassez de profissionais qualificados.
A escassez de talentos em inteligência artificial (IA) já não é uma previsão distante – é uma realidade iminente. Com 97 milhões de novas vagas projetadas até 2025, mas uma oferta de profissionais insuficiente, empresas enfrentam uma corrida contra o tempo para atrair, reter e treinar especialistas. Será que o RH da sua empresa está preparado para esse desafio?
Por que 2025 será o ponto de virada para empresas que buscam talentos em IA
O boom da inteligência artificial está criando oportunidades sem precedentes em todos os setores, mas a falta de profissionais qualificados ameaça travar essa evolução.
Segundo o World Economic Forum, haverá 12 milhões de vagas não preenchidas até 2025, especialmente em áreas como saúde, finanças e tecnologia. Essa lacuna de talentos não é apenas um problema de empresas de tecnologia – qualquer negócio que queira inovar precisará lidar com essa escassez.
Sem ações imediatas, as empresas podem perder relevância, atrasar projetos e comprometer sua capacidade de competir em um mercado cada vez mais dominado por IA.
A corrida por especialistas em IA: grandes empresas x startups
A batalha por talentos em IA já começou – e é intensa. Gigantes da tecnologia como Google e Microsoft oferecem salários astronômicos e benefícios robustos para atrair especialistas, muitas vezes absorvendo startups inteiras ou contratando times completos de inovação.
No entanto, startups têm seus diferenciais:
- São mais ágeis e adaptáveis às mudanças rápidas do setor.
- Oferecem participação acionária e maior autonomia para profissionais criarem soluções disruptivas.
Para o RH, o aprendizado aqui é claro: atrair talentos de IA exige estratégias inteligentes, que combinem benefícios atrativos com um ambiente estimulante.
Treinamento interno como solução para a escassez de profissionais qualificados
Com a dificuldade de encontrar especialistas no mercado, muitas empresas estão apostando em treinamento interno como saída estratégica. Um exemplo disso é o JPMorgan Chase, que oferece capacitação em IA para todos os novos contratados.
Vantagens do treinamento interno:
- Reduz a dependência do mercado externo.
- Desenvolve talentos alinhados às necessidades específicas da empresa.
- Retém funcionários, que se sentem valorizados ao aprender novas habilidades.
Como implementar na sua empresa:
- Identifique áreas onde IA pode trazer mais impacto.
- Ofereça treinamentos básicos para todos os colaboradores, avançando para programas específicos para áreas-chave.
- Invista em ferramentas acessíveis e parcerias com instituições de ensino.
Diversificando o recrutamento: IA para além das áreas técnicas
A ideia de que apenas profissionais de tecnologia podem trabalhar com IA está ultrapassada. Hoje, áreas como marketing, vendas e finanças estão entre as mais beneficiadas pelo uso dessa tecnologia.
O segredo está em contratar pessoas adaptáveis e dispostas a aprender:
- Habilidades interpessoais (soft skills) podem ser tão importantes quanto conhecimentos técnicos.
- Treinamento prático ajuda profissionais de diversas áreas a aplicarem IA em seus processos diários.
Recrutar fora do tradicional não só amplia as possibilidades, mas ajuda a construir times mais diversos e criativos.
Democratizando o acesso à IA: o papel do RH no recrutamento do futuro
Programas como os AI Accelerators estão ampliando o acesso à IA, incentivando startups e profissionais de diferentes contextos sociais a inovarem. Empresas que abraçam essa democratização não só contribuem para o avanço da IA, mas também constroem um ecossistema de talentos mais diversificado.
O que o RH pode fazer:
- Estabelecer parcerias com startups e universidades.
- Criar bolsas e subsídios para formar profissionais em IA.
- Estimular a participação de grupos sub-representados no setor tecnológico.
A diversidade é o motor da inovação. Quanto mais amplo o espectro de ideias, maior será a capacidade de resolver problemas de forma criativa.
O sucesso em 2025 não será das empresas que esperaram o mercado mudar, mas daquelas que começaram hoje a preparar seus times. O RH tem o poder de liderar essa transformação, implementando estratégias que vão além do recrutamento tradicional e capacitando profissionais continuamente.
Na era da inteligência artificial, estar à frente é mais que uma vantagem – é uma questão de sobrevivência.