Você sabe quanto custa, de verdade, um exame admissional? E por que esse valor pode variar tanto de uma clínica para outra, mesmo dentro da mesma cidade?
Esse tipo de exame é obrigatório por lei e essencial para garantir contratações seguras — mas muitos RHs ainda se sentem perdidos sobre o preço justo, o que está incluso e como evitar surpresas no orçamento. Neste artigo, você vai descobrir os valores médios praticados no Brasil, os fatores que impactam diretamente no preço, e como escolher a melhor opção para sua empresa. Tudo isso de forma clara, prática e atualizada.
Exame admissional: o que é e por que ele é obrigatório
Todo colaborador que vai iniciar um novo vínculo de trabalho com carteira assinada precisa passar por um exame médico admissional. Essa exigência está prevista no Art. 168 da CLT, que obriga as empresas a garantirem que o futuro funcionário esteja apto, física e mentalmente, para exercer sua função com segurança.
Esse exame é realizado por um médico do trabalho, que avalia o estado geral de saúde do candidato. A consulta pode incluir análise clínica, exames laboratoriais e, em alguns casos, testes específicos conforme a função. Ao final, o profissional emite o ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, que declara se o trabalhador está “apto” ou “inapto” para assumir o cargo.
A principal função desse exame é prevenir riscos à saúde do colaborador e proteger a empresa de futuros problemas legais ou trabalhistas. Imagine contratar alguém com limitação física para uma função de esforço intenso — isso pode resultar em afastamentos, acidentes ou até ações judiciais.
Além de obrigatória, essa etapa é estratégica: garante um ambiente mais seguro, reduz o turnover e promove contratações mais conscientes. E o melhor? Quando bem feita, evita dores de cabeça tanto para o RH quanto para a empresa como um todo.
Quanto custa um exame admissional? Valores médios atualizados por região
O valor de um exame admissional pode variar bastante — e entender essas variações é essencial para o RH fazer escolhas estratégicas e evitar gastos desnecessários. A faixa de preços hoje no Brasil vai de R$ 20 a R$ 300, dependendo de vários fatores como região, tipo de exame, volume de contratações e estrutura da clínica.
Em cidades pequenas e regiões periféricas, é comum encontrar exames simples por valores entre R$ 20 e R$ 80. Já em capitais e grandes centros urbanos, como São Paulo, Belo Horizonte ou Brasília, o preço pode subir para R$ 120 a R$ 300, principalmente se a vaga exigir exames complementares como audiometria, espirometria ou avaliação psicológica.
Exemplos de faixa de preço:
Exame admissional básico: R$ 100 a R$ 150
Exame admissional completo: R$ 150 a R$ 300
Pacotes empresariais: desconto de até 30% por volume
O que está incluso no exame admissional?
Muita gente imagina que o exame admissional se resume a uma rápida consulta médica. Mas, na prática, ele pode incluir uma série de avaliações, dependendo da função, do setor e dos riscos associados ao cargo.
Pode incluir:
Exame clínico geral
Exames laboratoriais (sangue, urina, fezes)
Audiometria
Acuidade visual
Radiológicos (raio-x, etc.)
Espirometria
Avaliação psicológica
Verificação de carteira de vacinação (em áreas como saúde ou alimentação)
A complexidade dos exames exigidos impacta diretamente o custo total. Por isso, cargos administrativos geralmente têm exames mais simples e baratos, enquanto cargos operacionais ou de risco exigem uma bateria mais completa — e, portanto, mais cara.
Fatores que influenciam diretamente no valor do exame
Principais variáveis:
Localização da clínica (custos operacionais em grandes cidades são maiores)
Tipo de função do candidato (quanto maior o risco, mais exames são exigidos)
Volume de admissões (convênios com clínicas geram descontos)
Urgência no atendimento (taxas extras podem ser aplicadas)
Modelo de contratação (convênios, atendimento interno ou digital)
Estrutura da clínica (tecnologia, rapidez, emissão de laudos)
A escolha certa vai além do menor preço — ela precisa equilibrar custo-benefício, qualidade técnica e agilidade no processo.
Quem paga o exame admissional? E se o candidato for reprovado?
Quem paga?
De acordo com a CLT, a empresa é sempre responsável pelos custos do exame admissional. Isso vale mesmo que o candidato seja considerado inapto. O custo nunca deve ser repassado ao trabalhador.
E se o candidato for reprovado?
O médico emite um ASO com status “inapto”, e a empresa não pode concluir a admissão. Ainda assim, o custo continua sendo da empresa. O colaborador não pode ser cobrado ou responsabilizado.
SUS pode ser usado?
Tecnicamente sim, mas o SUS não é recomendado para esse tipo de exame. O sistema público não emite ASO com a agilidade e personalização necessária, o que pode gerar atrasos e insegurança jurídica.
Dicas práticas para economizar sem comprometer a qualidade
Feche pacotes por volume com clínicas parceiras
Evite clínicas sem estrutura ou sem médico do trabalho habilitado
Opte por clínicas que emitam laudos digitais com agilidade
Use plataformas digitais como a Empregare para integrar admissão e exames
Padronize processos com checklists por função e tipo de exame
Investir em uma boa gestão de admissões é muito mais barato do que lidar com afastamentos, processos trabalhistas ou retrabalho.
Mais do que uma formalidade legal, o exame admissional é uma ferramenta estratégica para garantir contratações seguras, reduzir riscos e manter a saúde dos colaboradores sob controle. Entender os valores médios praticados, os fatores que influenciam no preço e o que está incluso no exame permite ao RH tomar decisões mais conscientes — e econômicas.
Com planejamento, é possível otimizar custos sem comprometer a qualidade. E com o apoio das ferramentas certas, como sistemas digitais de admissão, você transforma burocracia em eficiência. Afinal, admissão inteligente começa com informação — e termina com segurança para todos.
Tem dúvidas? Deixe um comentário no blog da Empregare, vamos adorar conversar com você.
