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NR-1 atualizada: empresas devem agir contra o sofrimento emocional no trabalho

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Pressão excessiva, assédio e sobrecarga passam a ser risco ocupacional por lei. Veja como o RH pode (e deve) liderar essa mudança cultural.

A saúde mental dos trabalhadores agora é uma responsabilidade legal.
Com a nova versão da NR-1, empresas que ignoram o estresse, o assédio e a sobrecarga emocional correm o risco de responder não apenas moralmente — mas juridicamente.


<h2>O que diz a nova NR-1 e por que ela muda tudo</h2>

A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), publicada pelo Ministério do Trabalho, tornou obrigatória a identificação, prevenção e monitoramento dos chamados riscos psicossociais no ambiente corporativo.

Na prática, isso significa que aspectos emocionais como estresse, pressão por metas abusivas, assédio moral e sobrecarga de trabalho agora são tratados como riscos ocupacionais, com o mesmo peso dos riscos físicos, químicos ou ergonômicos.

A medida coloca o Brasil em sintonia com países como França, Suécia e Alemanha, que já consideram o impacto psicológico como parte da segurança no trabalho. Também segue a diretriz da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que reconhece o bem-estar emocional como um dos pilares do chamado “trabalho decente”.

Riscos psicossociais: o que sua empresa precisa mapear

A NR-1 define que o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) — que substituiu o antigo PPRA — deve incluir os fatores que afetam a saúde mental dos colaboradores. Entre eles:

Esses riscos não são mais subjetivos do ponto de vista legal. Precisam ser registrados, analisados e tratados com a mesma seriedade dos acidentes físicos.

RH no centro: o arquiteto da cultura emocionalmente segura

Se antes o RH era apenas executor de ações de saúde mental, agora é protagonista de uma transformação cultural obrigatória.

É o setor que precisa liderar:

E, mais do que tudo, o RH é o elo entre a cultura declarada e a vivida.

Boas práticas: o que empresas já estão fazendo

Algumas organizações estão se antecipando às exigências da NR-1 e adotando medidas estruturadas para proteger a saúde emocional dos colaboradores. Entre elas:

Essas ações não são apenas boas práticas — podem evitar processos, afastamentos e até autuações trabalhistas.

Não é só lei — é uma nova era nas relações de trabalho

A atualização da NR-1 é um divisor de águas. Deixa claro que o sofrimento emocional não é mais invisível ou aceitável no ambiente corporativo.

Agora, empresas precisam agir com empatia e estrutura, não apenas com discursos. E o RH, mais do que nunca, é o agente dessa virada.

Quem liderar essa mudança, colhe engajamento, retenção e produtividade. Quem ignorar, perde talentos — ou responde na Justiça.

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