No mundo corporativo dinâmico de hoje, manter-se atualizado com as leis trabalhistas é mais do que uma necessidade — é uma vantagem competitiva. A Lei do Jovem Aprendiz, uma programa muito importante para o desenvolvimento profissional juvenil — sofreu mudanças significativas recentemente.

Este artigo é um guia essencial para gestores de RH que trazem os detalhes mais importantes e também informações sobre o que foi atualizado.  Isso garante conformidade legal na contratação de jovens talentos. Mergulhe conosco neste panorama abrangente, desvendando cada aspecto da lei para fortalecer sua estratégia de contratação e desenvolvimento de jovens profissionais.

O impacto da LGPD para o RH

 

O que é a lei do Jovem Aprendiz?

A Lei do Jovem Aprendiz, codificadas pela Lei 10.097/2000 e pela Lei 11.788/08, representa um marco no emprego juvenil no Brasil. Ela introduz o conceito de aprendizagem profissional, criando um ambiente onde jovens entre 14 e 24 anos podem ser contratados sob condições especiais.

Essa legislação busca equilibrar educação e trabalho, preparando os jovens para o mercado enquanto protege seus direitos. Além disso, a lei estabelece cotas para empresas, determinando um percentual mínimo de vagas dedicadas a aprendizes.

Essa abordagem não só capacita os jovens profissionalmente, mas também os integra na cultura corporativa desde cedo, criando um caminho sustentável para seu desenvolvimento e sucesso futuros. Para as empresas, isso significa acesso a novos talentos, repletos de energia e novas ideias, ao mesmo tempo em que cumprem uma importante função social.

Mudanças no Decreto 11.479/2023

O Decreto 11.479/2023 trouxe alterações cruciais na Lei do Jovem Aprendiz, realinhando as diretrizes para a contratação e desenvolvimento desses jovens talentos. As mudanças mais significativas incluem:

  • Idade máxima: A idade máxima dos aprendizes voltou a ser de 24 anos para todos os casos. Antes, existia a possibilidade de estender até 29 anos para aprendizes em determinadas situações, mas isso foi revogado.
  • Prazo do contrato: O prazo máximo do contrato de aprendizagem foi fixado em dois anos, exceto para pessoas com deficiência, onde a extensão além desse período ainda é permitida para garantir inclusão e apoio na formação profissional.
  • Jornada de trabalho: A alteração extinguiu a possibilidade de ampliação da jornada para 8 horas diárias para jovens com ensino médio completo, consolidando o limite de 6 horas diárias como padrão para todos os aprendizes.
  • Cálculo das cotas de aprendizagem: O novo decreto ajustou as formas de cálculo e contabilização das cotas de aprendizagem para otimizar a oferta de vagas e promover maior inclusão de jovens no mercado de trabalho.

Essas mudanças têm implicações profundas para as empresas, que agora devem ajustar suas estratégias de contratação e desenvolvimento de jovens. É vital que os gerentes de RH estejam atentos a essas alterações para garantir a conformidade legal e aproveitar ao máximo o potencial dos jovens aprendizes. Além disso, a fiscalização foi intensificada, com a auditoria fiscal do trabalho assumindo um papel mais ativo no cumprimento das novas diretrizes.

Quem deve cumprir as quotas de aprendizagem?

A legislação do jovem aprendiz estabelece de forma clara quais empresas devem cumprir as cotas de aprendizagem, assegurando uma distribuição equitativa de oportunidades de trabalho para os jovens. De acordo com o Decreto nº 11.479/2023, empresas de médio e grande porte devem reservar entre 5% a 15% de suas vagas para aprendizes. Essa obrigatoriedade reafirma a importância do papel social das grandes empresas no desenvolvimento profissional juvenil.

Além disso, o novo decreto alterou a forma de cálculo das cotas e a contabilização dos aprendizes contratados, com o objetivo de otimizar a inclusão e facilitar o cumprimento dessa exigência. O cálculo agora considera a média anual de empregados por estabelecimento, garantindo que a distribuição das vagas atenda às reais necessidades de formação e integração dos jovens ao mercado de trabalho.

No entanto, há isenções específicas: microempresas e empresas de pequeno porte continuam dispensadas dessa obrigação, permitindo maior flexibilidade em suas práticas de contratação. Essa diferenciação assegura que, enquanto as grandes empresas desempenham um papel significativo na formação de jovens profissionais, as menores possam focar em seu crescimento sem a pressão de cumprir cotas que poderiam impactar suas operações.

Essa estrutura equilibrada incentiva uma participação diversificada no programa de aprendizagem e garante que jovens de diferentes perfis tenham acesso a um ambiente de desenvolvimento adequado para suas habilidades e competências. As mudanças promovidas pelo decreto reforçam a responsabilidade das empresas em apoiar a formação de novos talentos, ao mesmo tempo em que ampliam a oferta de oportunidades para a juventude brasileira.

Direitos e deveres dos Jovens Aprendizes

Os jovens aprendizes, ao ingressarem no mundo do trabalho, são assegurados por um conjunto de direitos e deveres que garantem sua proteção e desenvolvimento.

Esses direitos incluem recebimento do salário mínimo por hora, limites de jornada de trabalho para preservar o equilíbrio com os estudos, e benefícios como FGTS, férias e vale-transporte. Notavelmente, para os aprendizes, a alíquota do FGTS é reduzida para 2%, diferenciando-os de outros empregados.

Essas medidas asseguram que os jovens aprendizes não sejam apenas mão de obra barata, mas parte integral de uma estratégia de desenvolvimento de talentos. A lei também prescreve deveres, exigindo dos jovens comprometimento com suas tarefas e aprendizado.

Este equilíbrio entre direitos e deveres cria um ambiente de trabalho que respeita a juventude dos aprendizes, ao mesmo tempo em que os prepara para as realidades e responsabilidades do mundo corporativo. Para os empregadores, entender e respeitar e respeitar esses direitos e deveres é crucial para uma gestão de talentos eficaz e ética.

>>> Leia o nosso conteúdo especial com tudo sobre o Cargo de Jovem Aprendiz clicando aqui!

Impacto social da Lei do Jovem Aprendiz

A Lei do Jovem Aprendiz transcende a mera contratação de jovens, desempenhando um papel vital no tecido social. Através da empregabilidade juvenil, esta lei tem um impacto positivo direto na dinâmica familiar e comunitária.

Para muitos jovens, especialmente em famílias de baixa renda, os salários dos programas de aprendizagem contribuem significativamente para a renda doméstica. Além disso, ao incentivar a continuidade da educação, a lei promove uma força de trabalho mais qualificada e preparada para os desafios do futuro.

Estes benefícios vão além do individual, pois jovens empregados e educados podem se tornar agentes de mudança em suas comunidades, fomentando um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento. Portanto, a Lei do Jovem Aprendiz é um investimento no capital humano do país, com efeitos multiplicadores que reverberam por toda a sociedade.

Leis do jovem aprendiz

Cumprimento e penalidades

O cumprimento das normas estabelecidas pela Lei do Jovem Aprendiz é imperativo para as empresas. A nova regulamentação, trazida pelo Decreto nº 11.479/2023, reforça a importância de conformidade com as diretrizes de contratação de jovens aprendizes e introduz ajustes na fiscalização e nas penalidades aplicáveis.

Além das multas financeiras substanciais para empresas que não cumprem as cotas ou não oferecem condições adequadas aos aprendizes, o decreto intensificou a auditoria fiscal do trabalho, com o objetivo de garantir que os empregadores estejam seguindo corretamente as novas orientações. Essa medida visa aumentar a eficácia da fiscalização, assegurando que os direitos dos jovens aprendizes sejam respeitados e promovendo a inclusão de mais jovens no programa.

Adicionalmente, o descumprimento pode afetar a reputação da empresa, impactando negativamente sua responsabilidade social corporativa e sua imagem no mercado. Empresas que falham em cumprir as cotas ou que não oferecem a formação profissional adequada podem enfrentar ações trabalhistas e sanções administrativas mais rigorosas, de acordo com as novas diretrizes de fiscalização.

Por isso, é essencial que os gestores de RH e empregadores estejam sempre atualizados sobre as mudanças na legislação e práticas recomendadas. Manter suas políticas de contratação e gestão de jovens aprendizes em total conformidade não só evita penalidades, mas também posiciona a empresa como um empregador socialmente responsável, alinhado aos valores de desenvolvimento social e profissional que a Lei do Jovem Aprendiz promove.

Essas atualizações reforçam a importância de um controle rigoroso e contínuo por parte das empresas para garantir o cumprimento legal e a proteção dos direitos dos jovens talentos.

Perguntas Frequentes

Quais são as leis do menor aprendiz?

Resposta: As leis do menor aprendiz são regidas principalmente pela Lei 10.097/2000, conhecida como Lei do Jovem Aprendiz, e suas regulamentações subsequentes, incluindo o Decreto 11.479/2023. Essas leis estabelecem as diretrizes para a contratação, formação e direitos dos jovens aprendizes no Brasil, definindo a idade mínima e máxima para contratação, a duração do contrato de aprendizagem, as cotas para empresas e os direitos trabalhistas dos aprendizes​​​​​​.

O que a Lei garante ao jovem aprendiz?

Resposta: A Lei do Jovem Aprendiz garante vários direitos ao jovem aprendiz, incluindo:

  • Salário mínimo por hora de trabalho.
  • Jornada de trabalho de até 6 horas diárias para não interferir nos estudos.
  • Direito ao FGTS, com alíquota reduzida de 2%.
  • Férias, vale-transporte, 13º salário e repouso semanal remunerado.
  • Benefícios previdenciários. Essas garantias asseguram que os jovens aprendizes tenham um ambiente de trabalho protegido e propício ao seu desenvolvimento profissional e educacional​​​​.

O que o aprendiz não pode fazer?

Resposta: O jovem aprendiz não pode realizar atividades que:

  • Sejam perigosas, insalubres ou noturnas, que coloquem em risco sua saúde, segurança e moralidade.
  • Ultrapassem a jornada de trabalho de 6 horas diárias, para garantir a compatibilidade com seus estudos.
  • Estejam em desacordo com o plano pedagógico do curso de aprendizagem em que estão matriculados.
  • Contrariem qualquer outra disposição legal que proteja sua integridade física e psicológica.

Em resumo, a Lei do Jovem Aprendiz é mais do que uma legislação; é um catalisador para o crescimento e desenvolvimento juvenil. As recentes atualizações na lei reforçam a necessidade de um comprometimento contínuo das empresas com as práticas de emprego éticas e responsáveis.

Para gestores de RH, estar bem informado sobre essas mudanças é crucial para garantir a conformidade legal e aproveitar os benefícios de incorporar jovens talentos. Ao abraçar o espírito desta lei, as empresas não só cumprem um papel social importante, mas também investem no futuro do seu próprio capital humano.

Que tal receber dicas, novidades e atualizações importantes sobre recrutamento e gestão de pessoas? Assine a nossa Newsletter.